16 de fev. de 2009

No meio da testa

Então que eu entrei agora no meu blog e vi uma série de comentários abusivos e abrasivos. Okay, certo, beleza vamos entender uma coisa. Eu tenho esse blog desde 2002. Motivos para isso? Meus. Esse blog é de quem? Meu. Tem gente que entra aqui? Opa se tem. Tem gente que vem de todos os cantos do Brasil e do planeta. Como? Isso aqui é internet negada, é a festa. Tem gente de todo tipo. A capacidade mental de cada um não impede de vasculhar a rede, o que pode causar obviamente, alguns distúrbios maiores. Eu estou acostumada. Escrevo na rede desde muito cedo. Trolls, malucos, invejosos, dementes, gente que discorda, gente educada que discorda, gente. Gente é esse bichinho que como Darwin consagrou, veio de uma ameba. E certamente muita gente ainda age como ameba. Evolução baby. Ela não é perfeita.

Agora calma lá. Dedicarem momentos do seu dia para entrar aqui e jogar merda na parede?

Eu entro em dezenas de blogs, todos os dias. Alguns acho bons, outros meia boca. Os absolutamente ruins, que me incomodam, eu nunca mais visito. É como se eu estivesse em restaurante onde servem todos os pratos com pedaços de pêssego em calda. Tem gente que gosta. Eu não. O que faço? Não volto mais, não gostei. Isso é liberdade. O sujeito tem direito de enfiar pêssego na feijoada? Tem. O retaurante é dele. Você gosta? Problema seu. Volte lá ou esqueça. Pronto, fim, vamos seguir a vida e comer em outros lugares.

Agora você volta no lugar. Entra. Chuta as mesas. Ofende o cozinheiro. Ofende os outros clientes. Cospe na cara do dono. Caga nas paredes. Vomita nas panelas. Faz piquete na porta. Compra gasolina. Quer botar fogo no lugar, acabar com tudo o que existe ali. Simplesmente porque aquilo não condiz com seu gosto pessoal. Porque aquilo tudo te incomoda e mesmo assim você continua entrando lá, comendo macarrão com pêssego em calda porque precisa alimentar seu ódio, em um masoquismo irracional. Depois que come quer reclamar. Quer comer e dizer "tá vendo? tá vendo? é uma merda, vou acabar com você". Por favor.

Isso é uma atitude de uma pessoa com o mínimo de civilidade?

Isso é deselegante. Isso é animalesco. Isso reflete falta de caráter e educação mínima. Eu não conheço vocês, desculpem. Como vocês me julgam, eu também os julgo pelo o que me escrevem. Mas nunca vou entrar em seus blogs para ofendê-los. Não vou perder meu tempo criando brigas imaginárias, digitadas furiosamente em teclados. É uma grande bobagem.


Meu namorado sempre diz: Não alimente trolls. Eles voltam. Eu sei. Não estou alimentando. estou apenas direcionando os malucos pra longe de mim. Tentando racionalizar e explicar que discordar de uma pessoa ou de uma coisa não significa vir com um balde de merda na mão. Eu estou aqui, sentada, escrevendo. Você está sentado, aí, lendo. Achou uma porcaria? Eu sou uma porcaria? Então saia do meu estabelecimento. Você foi livre pra entrar, é livre pra sair. Mas não é livre pra cagar aqui.

Cara, tô na rede há anos. Uma longa jornada conhecendo trolls dos mais diversos tipos, sofrendo ataques de todos os níveis. Eu nunca quis moderar esse blog. Achei que não precisaria.

Agora preciso. É meu. Tem doido demais nesse mundo. Eu quero que eles fiquem bem longe de mim. Mais uma vez, tudo o que disserem soará basicamente assim em meus ouvidos:




Nhamnham hnhaaam nhannhm mannhmnha nhnhanahn aihnnhanianain.


PS: Aos leitores que me defenderam, obrigada, mas não alimentem os animais, por favor.